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Arquitetos: Arrillaga Paola Arquitectos
- Área: 1985 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Ramiro Sosa
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Fabricantes: Hunter Douglas, Aberturas SAN GERÓNIMO, B.H. Aberturas, COCYAR, Climateck, Estudio Te, FLO´S MARKET, Grupo A2, Imdi, Johnson amoblamientos, RIES estudio, Roca, SBG, Vitte, WERTHEIM muebles
Descrição enviada pela equipe de projeto. IMPLANTAÇÃO. O projeto da nova filial da Associação de Cooperativas Argentinas na cidade de Bahía Blanca, Província de Buenos Aires, está localizado na esquina das ruas H. Yrigoyen e Pirovano, no bairro Aldea Romana. Trata-se de uma localização estratégica por estar situada na Av. Cabrera, um dos principais eixos de acesso e comerciais da cidade. Este ponto também faz parte de uma região em constante crescimento, o que permitirá à Associação divulgar suas atividades a nível local e regional e, ao mesmo tempo, criar com este edifício um novo marco urbano ligado às noções de produção, cooperativismo, inovação e sustentabilidade. A própria escolha do terreno em si reafirma a vocação da ACA em tornar suas ações visíveis, e seu compromisso de abertura ao meio no qual se insere. A iniciativa de construir sua nova sede institucional fala claramente do compromisso social da Associação e de seu desejo de integração à comunidade.
MORFOLOGIA. A partir de sua expressão morfológica, o projeto tenta manifestar os valores que a ACA promove em suas ações: a escala pública do complexo e seu grau de abertura para o contexto respondem à responsabilidade social que a ACA tem enquanto empresa. O edifício se apresenta como um objeto "transparente" que expõe sua atividade interna, promovendo um diálogo com a comunidade. O projeto também prevê o tratamento dos espaços externos circundantes e uma praça pública aberta à comunidade, reiterando a conexão que o projeto busca estabelecer com o entorno. Sua espacialidade interna, marcada pela fluidez espacial e pés direitos duplos abertos, gera vistas amplas e integradoras, promovendo um senso de igualdade, integração e equidade. Os espaços de trabalho são resolvidos em continuidade, tendendo para a unificação das áreas que, no passado, foram entendidas como isoladas ou independentes. Esta busca projetual representa a intenção de transversalidade e colaboração mútua que se pretende alcançar.
TIPOLOGIA. Os diferentes espaços do programa estão dispostos no perímetro livre do edifício (4 fachadas), articulados internamente por um grande vazio central (pátio) que melhora significativamente as condições de iluminação e ventilação natural do edifício. Este vazio central permite que a conexão entre todos os espaços seja apreciada de qualquer ângulo, reforçando a ideia de espaço democrático e de igualdade. Além disso, a tipologia segue o conceito da "planta livre", com os espaços de serviço e circulação vertical restritos a um lado e o restante do espaço livre de estruturas fixas. Esta solução permite alcançar uma estrutura altamente flexível e versátil dos espaços, permitindo ampliações e a adaptações futuras.
MATERIALIDADE. Do ponto de vista da materialidade do edifício, o repertório de elementos utilizados transmite modernidade, inovação e eficiência. Em termos gerais, o compromisso estético é com a manifestação despida de cada um dos componentes estruturais e construtivos. Os ambientes envidraçados propõem transparências que permitem reconstruir o interior do edifício e seu funcionamento a partir da rua, recorrendo a uma série de brises metálicos para esconder sutilmente os espaços que demandam algum tipo de controle climático ou maior privacidade. A estrutura metálica, as paredes divisórias e as lajes de construção a seco, concebidas como um recurso para simplificar e acelerar o processo de construção, definem um conjunto cuja imagem é simples, austera e contemporânea.
SUSTENTABILIDADE. O projeto persegue princípios de sustentabilidade, acompanhando a vocação da empresa para a responsabilidade social e sua ambição de eficiência. Primeiro, favorece espaços bem ventilados (ventilação cruzada) e com iluminação natural, gerada a partir de uma série de pátios internos que favorecem este aspecto. Em direção ao perímetro, a cobertura de vidro é complementada por uma série de brises que controlam a incidência direta do sol em orientações desfavoráveis. Este conjunto de dispositivos visam minimizar o consumo de energia e melhorar a habitabilidade do edifício. A instalação de painéis para a geração de energia solar também está prevista, para cobrir o consumo de energia e o aquecimento da água sanitária.